terça-feira, 5 de fevereiro de 2008

Objectivo:

A Lide de Toiros Bravos é uma actividade anterior à nossa independência, à nossa nacionalidade. O Toiro foi assim um instrumento essencial de treino dos cavaleiros guerreiros da Idade Média e em toda a Península Ibérica jogou um papel determinante na preparação para a Guerra e para a defesa da nossa Independência. Este importante papel foi descrito na publicação escrita pelo Rei D. Duarte, ele próprio lidador de toiros, no primeiro tratado de Equitação da história moderna. A preparação guerreira e humana que a lide dos toiros permitia, foi assim factor determinante para a defesa nacional e originou factos de natureza histórica de enorme valor cultural. As técnicas de luta adquiridas pelo ensino do cavalo na lide do toiro e o treino da coragem humana como essência dos guerreiros, foram de tal forma importantes na defesa nacional, até na expansão portuguesa, que a actividade ficou para sempre. Mais tarde, quando a evolução das técnicas e meios de guerra evoluiram, as lides de toiros em campo fechado nunca foram dispensadas pela fidalguia portuguesa e ibérica, pois elas continuavam a ser o instrumento de expressão da galhardia e coragem que nos distinguiam. Passou a estar associada a essa coragem e galhardia a expressão artística que o Povo adoptou para si. A criação de toiros bravos foi assim uma consequência de uma vontade popular de elevado significado histórico. As Corridas de toiros passaram a ser a mais genuína manifestação popular, aquela que tem mais profundas raízes históricas e culturais.
As Coridas de Toiros são uma afirmação nacional, de que muitos podem não gostar e terão sempre esse direito, mas que todos devem compreender pois elas são uma afirmação actual da nossa história e de uma afirmação de valores humanos que sempre nos distinguiu e que é genuína.
Mas as corridas de Toiros geram elas próprias actividades de valor social, muitas vezes pouco valorizado, que devem ser conhecidas e mostradas como referências nacionais. A criação do Toiro bravo; todas as lides e tarefas que ela implica ou que lhe estão associadas; a selecção histórica do cavalo da raça Lusitana; a arte equestre tradicional portuguesa; uma parte importante do Folclore; a pintura e a escultura; a literatura e a poesia; a música, em particular o fado; o forcado e o cavaleiro tauromáquico; o matador de toiros, constituem um elevado património artístico que é singular entre os povos e não merece ser maltratado pelos ignorantes da nossa história ou ofendido pelos apátridas.
Divulgaremos esta mensagem. Que é genuinamente portuguesa.

1 comentário:

Anónimo disse...

Não sou muito aficionado, mas sou um defensor acerrimo da cultura portuguesa. Posso não saber apreciar a arte tauromaquica...mas é uma limitação minha.Parabéns e sucesso